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Avenida Matadouro: o Correr de Casas

Avenida Matadouro, 2020. Foto Andressa Lobo.

Localizada na Fazenda Imperial de Santa Cruz, a Avenida Matadouro, que teve seu projeto original assinado pelo paisagista Auguste Marie Glaziou, hoje é apenas um trecho muito curto ainda habitando casas da antiga Vila Operária do Matadouro Industrial.

Como paisagista, Glaziou foi o responsável por desenvolver diversos projetos na Corte, tais quais as reformas do Passeio Público, os jardins da Quinta da Boa Vista e do Campo de Santana.

Como paisagista, Glaziou foi o responsável por desenvolver diversos projetos na Corte, tais quais as reformas do Passeio Público, os jardins da Quinta da Boa Vista e do Campo de Santana.

A Terceira Sede do Matadouro Industrial, também conhecido como Matadouro Imperial foi inaugurada em 30 de dezembro de 1881, pelo Imperador Dom Pedro II, com a presença também de Princesa Isabel.

Placa Avenida Matadouro, reconhecido patrimônio pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte e Departamento geral de Patrimônio Cultural

Para assegurar mão de obra para o funcionamento do Matadouro, foram construídas nas extremidades da sede administrativa dentro da área do Matadouro, duas avenidas de casas, que passou a ser chamado pelos moradores de “correr de casas” (Benedicto Freitas, 1950).

A Vila Operária era formada por 4 quarteirões (2 dois quais ainda existem), tendo um total de 38 casas divididas da seguinte forma: 30 foram divididas em duas, para abrigarem mais famílias de funcionários, 8 não foram ocupadas e ficaram reservadas (1 para os feitores, 2 foram requisitadas pela Administração do Matadouro, sendo 1 destinada para a escola de alfabetização dos filhos dos operários, 3 para casas de negócios, 1 para o Agente do gado e 1 para os dobradores do couro).

“Essas casas receberam o nome de Avenida Matadouro, tidas como uma assistência, um auxílio moradia, para o trabalhador. Freitas relacionou 214 pessoas, que considerou “de absoluto interesse genealógico” (Morais, 2019)

Dentre os moradores, estavam 164 brasileiros, 38 portugueses, 2 espanhóis, 7 paraguaios e 3 africanas. Nesse total haviam 53 crianças. (Freitas, 1950).