Os povos originários da região chamavam Santa Cruz de Piracema (terra de muitos peixes).
No cenário histórico, a Fazenda Jesuítica de Santa Cruz, remonta ainda às primeiras sesmarias (originalmente Sesmaria de Guaratiba) e o que seria a sede da Fazenda começou a se desenvolver quando Cristóvão Monteiro – primeiro ouvidor do Rio de Janeiro – recebeu as terras por bonificação de seu sucesso na luta ao lado de Mem de Sá para a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.
Após a morte de Cristóvão Monteiro, sua viúva Dona Marquesa Ferreira doou as terras aos Jesuítas, em 1859. E por meio de permutas, doações e aquisições os Jesuítas expandiram seu patrimônio até a Serra do Piloto, chegando a região de Vassouras. Nesta época, as terras eram popularmente chamada de “Curral dos Padres”.
Em 1759, a pedido da Corte, Marques de Pombal expulsa os Jesuítas do Brasil e as terras da Fazenda Santa Cruz passam a pertencer a Coroa Portuguesa. Apesar de próspera na produção agroindustrial, a fazenda sofre com as mudanças administrativas, mas mantém seu local de destaque como a mais próspera dentre as Colônias Portuguesas, recebendo o apelido de “Jóia da Coroa”.
Com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, a Fazenda Santa Cruz recebe novamente destaque, sendo escolhida como casa de veraneio da Família Imperial.
Pois, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a Família Real escolheu a 11 léguas de distância da região central da cidade, fazer da sede da Fazenda em Santa Cruz, o seu primeiro Palácio de Veraneio em terras brasileiras.